Todos os anos, no mês de Nisã quando se inicia nosso Calendário religioso, milhares de famílias afluem para Jerusalém a fim de participar das festividades anuais para lembrar de quando nossos ancestrais foram libertados do jugo do Egito. Pessoas de todos os pontos do Estado de Israel aproveitam para rever velhos amigos e parentes que, por um motivo ou outro, precisaram se mudar para longe. É uma semana de grande regozijo para os hebreus. No entanto um problema se repete todo ano. Em meio as distrações das festividades é cada vez mais comum que crianças se percam de seus pais.
Ontem um casal vindo de Nazareth procurou nossa redação a fim de colocar um anúncio pedindo ajuda para encontrar seu filho desaparecido. Miriã de Nazaré, a mãe, muito aflita nos disse que já estavam no caminho de volta para casa quando, durante a parada noturna para descanso, se deu conta da ausência de seu filho. Ela conta que acreditava que o menino de 12 anos, muito esperto para a idade, estivesse junto com outros parentes que também faziam parte da mesma caravana. E que se desesperou quando viu que não. A últimas vez que ela o vira foi enquanto desarmavam as barracas para levantar o acampamento improvisado numa praça próxima ao Templo e seguir viagem.
Quando já nos preparávamos para publicar o anúncio, Iouseff Bar Iacov, pai do jovem, entrou na redação dizendo que recebera a informação de que o garoto teria sido visto entrando no Templo. Imediatamente destacamos uma equipe de reportagem para acompanhar os pais na busca torcendo por poder noticiar um final feliz.
O menino foi encontrado no interior do Templo interrogando e argumentando com os principais Doutores da Lei. Nosso repórter disse que nunca vira nada igual, tal o conhecimento demonstrado pelo garoto sobre a Torah enquanto conversava de maneira bastante desinibida com os judeus. Quem sabe não estivéssemos ali presenciando o surgimento de um futuro advogado. Seria uma grande vitória para o filho de um carpinteiro da Galileia.
Enfim, este caso terminou bem e o menino foi encontrado são e salvo. No entanto, volta e meia nos chegam relatos sobre desaparecidos que não tem um final assim. Por isso pedimos aos pais que redobrem o cuidado para com seus filhos para evitar que o pior aconteça.
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